São Paulo — Existe incompatibilidade entre a juventude e a responsabilidade de comandar um negócio? Segundo uma pesquisa da consultoria Mercer com 467 grandes e médias
empresas brasileiras, não: em 12% delas, o presidente tem no máximo 40 anos. “O preconceito contra ter um executivo jovem na presidência vem diminuindo”, diz Marcelo Ferrari, diretor da Mercer. Esses profissionais dividem-se, basicamente, em dois grupos. Um é o dos empreendedores, frequentemente ligados às áreas de tecnologia ou internet, que lideram negócios que eles próprios criaram. O outro é o de profissionais nos quais acionistas de companhias mais tradicionais enxergaram, apesar da pouca idade, um bom equilíbrio entre a maturidade necessária ao cargo e a ousadia característica da juventude — mistura que, quando funciona bem, pode ajudar a revigorar os negócios. “Os executivos jovens, muitas vezes, não veem um cargo importante apenas como um emprego, mas como uma oportunidade de fazer a diferença na empresa”, diz Gustavo Tavares, diretor da consultoria
Hay Group. Este ensaio apresenta as histórias de sete executivos e empreendedores que chegaram ao topo antes dos 40